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Sobre o que não coube aqui...
sexta-feira, dezembro 16, 2011
É de se entregar, o viver.
Não quero que você sinta a cada novo encontro que precisa concertar meus olhos para manterem o foco nos teus. Não quero te ver perseguindo meus passos se eles não seguem em ritmos iguais aos de mais ninguém, que não os dela.
Não precisa me chamar porque sei exatamente como vai soar meu nome saindo da tua boca. Não existe mistério que me faça questionar como será uma manhã contigo. Não há vontade que me faça mover meu mundo em direção ao teu nem de mais ninguém, que não o dela.
Nunca soube tanto sobre mim a ponto de ter certeza que serei o descompasso da vida de toda e qualquer pessoa, que não for ela...
Então boa viagem a quem segue, porque eu parei. Não existe fala ou toque que me empurrem às linhas de retrocesso que existem nos corpos que já tive como caminho, porque não são as linhas do corpo dela, e nunca serão.
quarta-feira, novembro 30, 2011
Então se perguntou se isso não a lembrava nada, esse silêncio de solidão num quarto desarrumado... Respondeu como faz normalmente às suas vozes internas, fechando os olhos antes que caísse na tentação de refletir sobre o que vê e entender que existem coisas que são normais só pra ela.
Fez de conta que não entendeu o que significavam aquelas palavras pelo chão e logo viraram só os livros que esqueceu de guardar. Arrumou a cama tapando os ouvidos para não escutar o perdão dos lençóis...
Essas coisas que ela faz normalmente sem soltar os seus gritos internos, levaram-na para longe de escapar do mundo que criou:
"O mundo constrói todos os dias uma estrada onde o caminho é muito curto para se chegar a qualquer lugar, onde não existem curvas nem dúvidas e eu ficaria sempre perto do que quero deixar para trás."
Assim essa garota, sem saber estar inválida, acaba a oração encostando a cabeça sobre sua vida, vendo ela passar...
quinta-feira, novembro 17, 2011
Cega saudade.
segunda-feira, outubro 03, 2011
quarta-feira, setembro 21, 2011
- Falta um dia, certo?
- Um dia pra quê?
- Pra qualquer coisa na sua vida, sempre falta um dia. É triste.
- Certo, é triste.
- E como esse dia nunca chega, posto que é a falta dele que o torna concreto na tua mente...
- Amanhã faltará mais um dia...
- Quis dizer que ele não existe.
- Então...
- Então não falta nada.
- Malditos espaços em branco.
quarta-feira, agosto 24, 2011
Prazer, meu nome é...
Ao longo dos anos dei vida a olhos que enxergam só o meu mundo, e não achei que algum dia fosse ver cores novamente. Precisava superar a fenda ainda encoberta de dor, entre a criança que nasceu sem nome e quem sou hoje. Não suportando mais olhar para dentro e transparecer a escuridão em tudo que vejo, peguei na tua mão e comecei a esquecer o que queria entender. Encostei meu rosto no teu e comecei a acalmar minhas pálpebras para acostumá-las com a tua luz.
Invadistes as horas em que fico de olhos fechados achando me reconhecer, e é tão silenciosa e cheia de dúvidas minha escuridão que acaba sempre em um círculo de respostas inconclusivas (que agora não fazem mais sentido)...
Não sabes, mas divido o quarto com um espelho que nunca me viu, e hoje pude reconhecer, pela primeira vez, uma parte minha nele... Era teu rosto iluminando o quarto, e eu não consigo pensar em mais nada depois disso
segunda-feira, agosto 22, 2011
quarta-feira, agosto 17, 2011
- Agora volta a dormir, que estou aqui...
Encontrando um lugar só meu entre teu pescoço e teu ombro, falei sobre amor nas palavras que foram surgindo em forma de toque.
Fiquei por meses desenhando na tua vida o meu rosto, e agora vê-lo no sorriso dos teus dias é como me sentir sempre em casa.
Conversando contigo fiz questão de falar devagar para que entendesses aos poucos que as flores que saem da minha boca demoraram uma vida para ter esse perfume que só tu consegues deixar fluir... E para que notes que nada a meu respeito virá de outro jeito a não ser assim, sentindo sem muita explicação, natural como abraçar alguém depois de um pesadelo...
Tento te dizer em meio a todo esse conjunto de palavras que falham e aos meus tímidos silêncios, que hoje sou essa saudade que aparece nesse texto, no meu abraço, enquanto sigo meu dia, toda hora... Mas quando teu sorriso procura meu rosto para se mostrar reflexo dele, lembro do quanto tenho sorte em sentir saudade de algo tão seu, tão meu...
quarta-feira, agosto 10, 2011
Vento seu, dentro dela.
- Difícil ter para onde correr quando faz frio em toda a cidade...
Repetiu a frase por anos, e por isso ela sempre esteve de partida. Nem o eco das mil vozes gritando seu nome poderiam reter os passos que não precisavam encontrar um caminho certo, só continuar em movimento...
E o que é isso agora? Essa calmaria toda... E eu, que sou ela, fazendo as pazes com o silêncio...
Hoje, encostando a palma de uma mão na outra, ela assopra devagar entre elas, e sente o calor que consegue reter dentro de si. Sorri pro mundo como se estivesse pronta para algo grande, como se não faltasse nada a ser dito, ou como se tivesse parado de procurar explicação pra tudo.
Ficou ali, sentindo o vento quente que saí da sua boca, imóvel, concentrada nos dias que havia perdido correndo tanto, buscando eles de volta, agora que sabe, sempre existirá um lugar que o inverno não pode tocar.
domingo, julho 24, 2011
quinta-feira, julho 07, 2011
O inverno mais quente e o mais frio.
Esse é o inverno mais frio de propósito, e acumula tudo que é indispensável no teu abraço fácil como respirar.
Tremo para escutar teus passos quentes vindo até onde estou, e te chamo para ver no teu sorriso todos os traços que descrevem um “sim”.
Faço perguntas em silêncio que deixo tua boca responder, também sem voz, conversando com a minha noite a dentro.
E eu que descarrego milhares de explicações por uma lágrima que aconteceu, virei só silêncio e sorriso, nossos silêncios e nossos sorrisos...
sábado, julho 02, 2011
Quando o tempo voa e a gente não envelhece.
Existe um descompasso cardíaco que abriga toda a escuridão no peito dela empurrando cada vez mais pro fundo.
Lê o que lhe escreveram e não sabe que horas são mesmo querendo tanto ver o tempo passar... Logo pensa em fazer de conta que se conhece, que as explicações das palavras no dicionário fazem sentido, que nada dói sem motivo (acaba chorando escondida dela mesma).
Então fechou seu tribunal de pequenas causas não sentindo o mesmo entusiasmo por mudar alguém, ficando literal demais parou de poetizar um mundo que encantava os que conseguiam vê-lo.
Por fim encontrou uma carta que não saiu do rascunho, uma indicação de livro que não leu, algumas falas de filmes que nunca viu, e jogou tudo fora apagando novamente as luzes. Agora que não se vê mais nada no quarto acha engraçado sentir-se protegida, como se estivesse dentro de si, como se não precisasse tanto entender concretizando, como se fosse fácil sentir sem contabilizar... Mas lembra: "O tempo voa e continuo não sabendo que horas são", e isso faz do mundo silêncio e insônia.
Sabe-se que ninguém perguntará porque seus olhos estão fundos, ou porque anda mais quieta... E eu sei, que às vezes a falta dessas palavras é sua dor invisível.
domingo, junho 26, 2011
Pressa.
Ela jogou o rosto contra o meu e fez esses dias claros virarem noites temporárias, deixando as promessas para quando tivermos fôlego. Encontrou em mim uma fome que tenho de fazê-la perceber o quanto a quero distraída pra surpreende-la, e assim me viu por dentro.
Todas as palavras de agora que tem o tom de sua voz, saem da minha boca quando pareço saber sobre o que falo.
Não posso deixar de sentir essa estranheza de tê-la encontrado em mim antes de vê-la com esses olhos de agora (esse é de todos os invernos, o mais doce).
Existe uma calmaria que não nos cabe a dúvida de estarmos esperando um tempo mais frio, para que o mundo gélido de dois corpos seja além de doce, certeza quente num abraço daqueles refúgios literais.
segunda-feira, junho 13, 2011
Editar.
domingo, junho 12, 2011
Queria que você me visse agora...
sábado, junho 11, 2011
Repara.
Diz bom dia para a manhã num sussurro e fecha os olhos procurando descansar dessas noites mal dormidas.
Aperta os travesseiros contra os ouvidos e tenta conversar consigo mesma, procurando saber quem está alí entre vozes que nessa hora a boca imita soltando o ar quente de um abraço retido, e o corpo se vira como se o outro lado do quarto tivesse todas as respostas.
Esse meio sorriso só dura quando a ilusão é mais aparente, quando o que sabe-se dela fica tão escondido que os olhos alheios nem tentam mais decifrar. E no fim ela sabe que é porquê não se repara nada quando é justamente o nada que se expõe. Seu vazio expresso nesses momentos é o que mais a caracteriza, e enfim sua face toma o mesmo formato do papel que representa.
Existe um momento em que tudo fica quieto e o mundo esclarece seus medos...
Fala então num grito que escorre em forma de choro: "Dorme garota, já que é tarde e ninguém vem, já que é dia e ninguém te espera, já que você não se encontra mesmo..."
terça-feira, junho 07, 2011
domingo, junho 05, 2011
Sobre o que é teu.
Entre as luzes acesas a noite chegou, e o frio vem com esse vento doce que me remete o cheiro da tua pele... Todo vento que me toca hoje, deixa essa sensação de brisa tua, quero dizer.
Agora sinto o escuro da noite sem medo de prolongá-lo no sono, se nele te encontro, sem medo de despertar pro dia, se te tenho aqui (me pego abrindo todas as janelas).
Encontrei algo meu que esteve escondido numa ideia tua sobre quem sou, despertando a certeza só nossa de que todo vento agora virá suave e viciante (estes que saem das nossas bocas, e entre palavras de sussurros chegam cada vez mais perto de se encontrarem em versos que ecoarão no silêncio de um beijo).
quarta-feira, maio 18, 2011
Ficou tarde...
Ficou tarde pra escrever no dia depois que o viu, mas cada palavra voltou pela manhã...
Lembrou de ter acordado procurando objetos familiares pelo quarto, e sem sucesso, estranhou também o rosto que se tornara seu.
Enquanto os passos pareciam movimentos involuntários na mecânica do seu dia, aquela estrada finalmente mostrou algo só dela.
Fazia tempo que não o via, e logo veio à tona a ultima conversa dos dois, e também como é bom sorrir de algo que já doeu...
Observando-o, tocou uma mão na outra e sentiu-se em casa.
Engraçado como pensava mais nele quando disse que precisava ir, do que nos anos em que estiveram por perto.
"Às vezes o fim vem antes e depois inventamos um." - Escreveu mentalmente.
Não disse nada, nem precisava, prometeu manter-se desapegada daqui pra frente... Como se a gente pudesse escolher essas coisas...
domingo, maio 15, 2011
Fica.
segunda-feira, maio 09, 2011
Cheia de vazios.
quarta-feira, maio 04, 2011
Uma foto sobre a cama.
Escuta agora porque tem palavras que não se repetem mais... Preciso de um lugar seguro para ti, preciso que entendas que os dias passando deixam os próximos cada vez mais sem ar.
Você deveria sentir como é lembrar de um sorriso impresso e perder a pontuação na fala, perder o compasso e tropeçar, colocar as mãos sobre olhos para não perder a visão seletiva... Estou contigo nessas horas, mais do que entre essas paredes que sustentam a ideia de intervenção ao natural, mais do que entre rostos familiares que só dão ênfase a minha fuga pro teu sorriso...
Já tive que te tirar de perto em horas em que o tempo pesa na cama, já te entreguei a outros olhos quando os meus precisavam saber se não eras uma mentira, por ser tão bela...
Agora, escuta sem pressa, porque essas palavras vou repetir a hora que você quiser... Tem um lugar no meu corpo, que te abriga com a certeza de que em cada respiração tudo em mim te sente.
Deverias ver as cores que agora surgem quando desenho teu rosto, quando imagino teu gosto e não me perco mais. Não és mais fuga se pra onde vou sinto como se estivesses me levando. Não é mais forte o desejo de te ver do que a felicidade de ter essa possibilidade me seguindo, conto as horas que flutuam leves sobre a cama e sobre a tua beleza, minha verdade preferida.
domingo, maio 01, 2011
sexta-feira, abril 22, 2011
domingo, abril 17, 2011
terça-feira, abril 05, 2011
domingo, abril 03, 2011
Sede.
quarta-feira, março 30, 2011
domingo, março 27, 2011
sábado, março 26, 2011
Se acaso você chegasse...
Tranquei a porta mas deixei um aviso nela, se acaso você chegasse.
Quero te mostrar onde me publico, e até colei letras minhas por toda parte da casa pro caso dos teus olhos se desprenderem dos meus...
Letras que dizem de onde venho, nada sobre onde estou indo porque lá não tem você.
Por isso a única novidade é minha vontade de ver-te tirando dúvidas sobre mim, ficando cada vez mais clara as certezas sobre nós.
O meu mês favorito está chegando, e escrevo também pra te traduzir o sorriso, se acaso você vir com ele.
quarta-feira, março 23, 2011
Salto.
domingo, março 13, 2011
As pessoas na rua.
quinta-feira, março 10, 2011
Era uma vez um final feliz...
sexta-feira, fevereiro 25, 2011
...
Digo: Te escolto até em casa.
Depois escuto: Até amanhã.
Penso: Não sei o que estou fazendo aqui.
,
Escuto: Bom dia.Vens?
Digo: A que horas preciso ir?
Penso: Não sei o que vou fazer por lá.
,
Escuto: Qual deles?
Digo: Compra o verde.
Escuto: Que bom que você está aqui.
Penso: Silêncio.
,
Digo: Existem mais cores...
Escuto: Silêncio.
Penso: Não vou dizer até amanhã.
,
Digo: Não sei o que estou fazendo aqui.
Escuto: A que horas preciso ir?
quarta-feira, fevereiro 23, 2011
Já chegou o maestro...
terça-feira, fevereiro 22, 2011
Displicência...
quarta-feira, fevereiro 16, 2011
Inerte.
Mesmo com tanto calor, ela não conseguiu tirar a roupa.
E por mais que quisesse. nem o maior sono permitiria que fechasse os olhos.
Se pudesse dormir, torceria para não acordar mesmo no seu pior pesadelo.
Mais tarde, o peso que fez os ombros doerem deixou marcas de unha, como se fossem avisos.
O copo quebrado não a fez juntar os cacos, o tecido estampado não a fez rever as cores.
A música não a fez tremer o corpo, o desejo não a fez dar um passo sequer.
O encanto não resgatou o sorriso, o medo não a fez recuar.
As ideias perderam o juízo, a arte estava ausente no mundo.
Nos toques nada se sentia, em fotografias não via a mesma eternidade.
Por isso, guardou sua voz para algo grande, e ainda está alí calada, esperando alguém lhe fazer a pergunta certa.
quarta-feira, fevereiro 09, 2011
quarta-feira, fevereiro 02, 2011
E de ti, o que tens?
- Eu me sentiria melhor na vida se soubesse que você está bem, só.
-Eu me sentiria melhor na vida se você soubesse que isso é egoísmo, daqueles que te fazem perder o foco da escrita, posto que é só isso. É acomodar-se com um mistério. Sempre quero saber o que tens de ti, além do que sentes por hora...
- E de ti, o que tens agora?
- Mais ou menos 12 escolas, 5 grandes escolhas, algumas marcas no corpo, uns dois amores e uns riscos que não corro mais. Tenho uma forte lembrança de quando alguém me pediu para ver cores de olhos que sempre foram negros, e só entender anos mais tarde. Tenho uma mágoa que insiste em me por de pés firmes no chão gelado, e um segredo que levita meu corpo enquanto durmo.
Tenho mais reticências que um texto permite, sou um drama de propósito. Vejo perguntas em pontos finais alheios, encontrando em mim uma falha genética.
Enxergo diariamente meu medo de ter inteligência barata, e não conseguir parar de resolver cálculos matemáticos como prova real inconsciente sobre mim.
Estou armada até os dentes de tudo o que acredito, e atiro.
Especialmente hoje, sinto falta de um lugar verde, de um apartamento e apertar o 10º andar, da voz noturna cheia de histórias, de alguns chapeis e algumas vitórias, também de não dormir sem rimar... E, para a conversa fazer sentido a ti, estou bem sim, mas isso é o que menos importa, tendo em vista o que poderias saber antes de eu te dar boa noite cheia de fragmentos mais exatos.
segunda-feira, janeiro 24, 2011
Às breves ações, abreviações.
domingo, janeiro 02, 2011
Não sei bem onde voa essa música que ontem soprava lá fora...
Não sei bem onde voa essa música que ontem soprava lá fora, que batia na janela ansiosa por mim. Certamente solidificou-se na parede que vou pintar essa tarde, porque o pensamento de alguém que ama não consegue ser um só e desloca-se com facilidade solidificando-se nos objetos, espero limpar essas sutis respostas com tinta. Não quero mais pensar em pensar nela e no que me foge sabendo que é nela que vou encontrar depois, talvez anos mais tarde.
É visível em meus olhos o porquê dos passos apressados, mas os deixo descansar pensando sobre nós, às vezes. Lembro de sua voz, de suas feições e imagino uma cena que não existiu, posso sentir o cheiro que faz minha lágrima ter gosto.
As pessoas dessa casa, hoje me provocaram risos porque uma pedra vista de perto pode ser tão estranhamente ilária, nunca notei. Até me surpreendi vendo chover sem entristecer-me com tantas gotas sem gostos, e por ninguém entender o quão só é achá-las tão idênticas e frias. Aqui não importa, porque meu pensamento já não cabe mais em uma lágrima, nem nesse rio que escorre do céu. Cabe na dança da garota pela cozinha, que embala o braço do menino homem que prepara a comida, fazendo do piso palco para a platéia atenta formada por mim e pelo gato. Eles não notaram o animal ali, justamente porque não existe divisão de seres, aqui se compartilha o que é ser humano. E a vontade de escrever é a única coisa que me impede de sair lá fora e sentir meu corpo queimando, numa chuva que purifica e dói de tardia.
Não posso mais ser duas enquanto ela não entender o vazio que me traz, a alegria que me traz, e as vontades que vão me fazer ir com eles, viajando pelos prazeres da estrada, até esse alguém que personifica meu amor, estiver pronto para me dar a mão. Talvez nunca esteja, e esse desencontro seja encontro para outras coisas em nossas vidas, ela me trouxe aqui. Ela que vai me fazer sair da cidade, e ela é aquela música soando na janela, e presa entre a tinta da parede, te preservo minha, meu amor. És meu amor de tão seu ele ser. Não vai deixar de ter esse gosto, porém não procurarei mais os segundos que saem do relógio de pulso pela casa vazia, espalharei por aí, divertindo-me com dança de cozinha.
Sabendo que meu tempo ainda é todo teu, aguardo-te fluindo.
Sirius B.