sexta-feira, setembro 26, 2008

Te solto, segurando mais forte.

Cortam-se os fios da marionete eu, que você um dia idealizou. E assim uma parte do meu rosto já começa a ter reação sincera ao dia que chega cada vez menos lúcido, menos coerente. Os traços vão se fechando e mostrando a sinceridade externa que quase foi esquecida por mim.
Escrevo meus roteiros de viagem pensando agora em um novo rumo, e escuto vindo de dentro outro timbre se fortalecendo...
Já não preciso de ajuda para percorrer as curvas em linha reta. Não preciso de muitas razões me motivando a ser o lugar onde tudo já começa errando, ou sendo impossível...
Procuro pela chave da gaveta onde escondi trilhões de desculpas novas, e te entrego de bom grado.

quinta-feira, setembro 18, 2008

O quê te propaga em mim?

Ah meu bem, se você soubesse o quê te faz pulsar até formar um sorriso em mim.... Penso que é a temperatura variando nos passos conforme os pensamentos voam e percorrem o que não sei de ti. Talvez um querer inútil que vem das pálpebras cansadas de tanto se fechar, procurando o abrigo no escuro que temem. Por vezes acho que são manifestos de mãos ao rosto, de pernas trêmulas copiando as batidas do coração... Por fim é tudo o quê eu não sei explicar em um só fluxo, é tudo que embaralha minhas palavras em uma só expressão facial... Ah meu bem, se você soubesse...

quinta-feira, setembro 11, 2008

As coisas que são diárias.

Falar com você ameniza o fardo diário que carrego nas linhas da estrada.
A omissão intencional acaba sendo desculpada, porque se fez do que não se pode explicar.
As linhas que voam e percorrem os caminhos em que eu queria estar, chegam até você tão cheias de tudo o que eu preciso, e tão vazias de mim, que não te completam como o esperado.
A paciência inérte ao corpo sem toque faz ele parar de tremer e querer correr de olhos fechados, tentando acabar com a loucura toda.
De repente o corpo responde aos estímulos que vem de dentro, as coisas ficam mais claras e em um suspiro entendo por meio segundo o que isso tudo quer dizer.
Levanto e dou duas voltas ao redor de mim, peço desculpas em voz alta.
Perdi tanto das coisas que me prendiam em lugares que ainda freqüento, que agora a voz mais doce saí como um grito de socorro, e a minha resposta vem com dores na parte alta do cérebro, que me calam diante do que ninguém entende.
Mas enfim supero as curvas mudando o sentido da viagem, tampo os buracos com o tempo, e busco transporte nas coisas que penso diariamente.