quarta-feira, abril 25, 2012

You answer to a new name that changes all the time

Essa garota me pede para que eu pare explicar sobre a brisa que passou e a sopre dentro de suas mãos, me deixando sem fôlego para tal coisa. Cobre meu rosto com seus cabelos e jura que além dela, ninguém no mundo me vê.  Escreve o seu lugar no meu corpo com suspiros, circula pela minha vida deixando livres os caminhos pro que eu quiser lhe falar. 

Essa verdade só nossa, escolta meus passos riscando um sorriso na minha boca mesmo quando não posso toca-la. 
As palavras mais bem escritas não a surpreendem, não a intimidam... E isso me fez esquecer das antigas frases feitas, assim tremo novamente.

Segurando minha mão, sem uma palavra ela se apresenta. Encostando seu rosto no meu ombro ela me dá todas as certezas. E assim dialogamos...

- Já percebeu quantos "eu quis" , "eu ia" , "eu pensei", você já me disse? Melhor nem falar nada...

E me calo diante de tanta espera por versos em atitude.

Garota, sem as palavras, sou só eu... 

segunda-feira, abril 16, 2012

One face among the many

Vamos para casa antes que chegue aquele vento frio que faça esse silêncio ficar ainda mais desconfortável. Vira logo essa chave, ou posso te pedir para ficar do lado de fora entre as coisas que não são tuas. 
-
Essa noite enquanto cobrir-te de um calor que não é meu, e encorajar-te de palavras que não saem mais da minha boca... Sei que tuas pálpebras sonolentas esperarão encontrar outro alguém, e que entre a gente toda terrível frustração do dia virá em forma de sorriso. Deixo-te viver livre desse discurso que não cabe mais no tempo dos nossos dias que não se encontram.
-
Mas meu bem, escuta essa música que vem da outra casa, essa felicidade que entra pela janela enquanto nossos corpos se retorcem em solidão. Nessa hora tudo parece tão possível...

quinta-feira, abril 12, 2012

Congelo-me hoje das coisas que são nossas, e do meu desejo de cair e pedir para que me levantes, sabendo que levarei uma vida lembrando-me do teu rosto na esperança de ter esquecido algum detalhe importante que talvez a ausência me faça seguir em frente.


domingo, abril 01, 2012

- Chamavas ela, eu conseguia ouvir.
- Eu sei.
- Gritavas às vezes.
- Nem me lembra.
- Sou só uma voz interna, mas ando preocupada com nós.
- Eu sei.
- Ela vai embora, é o último aviso.
- Nem me lembra.
- Acha-te muito especial. Mas não és.
- Eu sei.
- Agarra-te na ideia da morte pra não ter responsabilidade de ser feliz em vida? Quanta covardia.
- Nem me lembra.
- Eu não estou lembrando nada, para de te repetir como quem pede desculpas. Sabes que esta conversa só acontece porque você pensa nisso.
- Eu sei.
- Então mexa-se.
- Mas eu... Nós... Temos tanto medo.
- Eu sei. Nem me lembra...