Espere.

Existe uma vontade nova em mim, um sentimento que precisa ser apreciado com calma. Sinto-me imutavelmente desconfortável com toda essa raiva que o amor pode proporcionar.

Há um espaço vazio na minha estante, o resto ainda está uma bagunça por conta do último furacão.

Quero um abraço sem mochila, uma manhã eterna, tanta coisa pouca...

Não preciso fingir que sonho na mesma altura que você só para te deixar seguro de pés no chão.

Aquele velho prazer em conquistar o que é intocável, já não basta.

Encubro-me de falsos personagens que talvez consigam traduzir em um ou dois capítulos tudo o que deixo de dizer.

111

Esse post ainda existe só pelo comentário do Ruan.

E é difícil achar alguém que esteja disposto a andar a noite toda, sem rumo como nós fazemos. Sempre tive uma grande atração pela lua, por luzes artificiais, e agora por você.

E a espera... É culpa de quem espera ou de quem se faz ausente?

Eu sou...

Virando a página, entretendo um flerte a cada nova estação, gosto de enxergar o que a maioria não vê. Na veracidade do impulso poético, existe lacunas em mim que decifro aos poucos.

Sou o desprezo que gostaria de ser desde criança, sou um "talvez" sem um fim. 

Pois é.

Por mais que o verão seja tão quente quanto antes, tem coisas que nunca voltam.