segunda-feira, agosto 20, 2007

Ermo.


Saio conturbada com a mesmice de meus versos falhos aos seus ouvidos. Canto por entre as estrelas que o fútil das pessoas começa a me incomodar. Pulo por entre as pedras e mergulho em um mar de faces estragadas, de cérebros falsificados, gestos com prazo de validade... Refugio-me dentro de mim, mais uma vez. Você se vira e pede o que estou pensando, digo que parei de pensar.

domingo, agosto 19, 2007

Garota.

É garota, por mais que em um raio de 50 quilômetros ninguém confie em você, estou aqui para arriscar. Dizia a voz insistente enquanto eu contava as moedas para a próxima dose. De repente tudo foge de foco, os passos se confundem com a vontade de ir embora mais rápido, tropeçando por caminhos conhecidos há anos, pisando em vão em estradas familiares...

Sem perceber o dia vira noite, e a noite veio para piorar. Minha mente dolorida cura ressaca com mais bebida, meu pulmão sem ar descansa respirando fumaça. As luzes daquele lugar se misturam com as pessoas que passam despercebidas por entre os lustres e copos vazios.

Mais do que tudo minhas pernas fatigadas não aguentam dançar por nenhum segundo a mais, o meu mundo delicadamente criado desmorona e ninguém vê. O seu abraço sincero parece quebrar qualquer muro de duas caras que eu possa ter.

Não pensei em ter vontade de dormir tão cedo, para não acordar tão tarde e poder pensar em tudo o que eu não quero e no entanto digo sim. Sinto muito por não pensar nisso antes de dormir, por não estar nunca com meu coração sóbrio o suficiente para esquecer de minhas vontades sem valor, e desejar só o seu rosto, sempre sereno.

terça-feira, agosto 14, 2007

domingo, agosto 12, 2007

Voltei:

A mofar pelas ruas. A dançar de olhos fechados. A simpatizar com simpatizantes. A olhar sem analisar. A abstrair o que sei. A não me interessar pela hora. A somar atitudes falhas. A não ter saudade. A não pensar em voltar. Ao combate direto com minhas idéias. Ao insano de meus gestos antigos. Ao semblante feliz. Às carícias da soberba. À timidez proposital. A defrontar a pretensão. A não me importar com ilação. A deduzir cada passo. A não precisar de desculpas. A não querer marcas. A correr sem ter pressa. A não ler aquelas cartas. A ser tudo o que me basta.

sexta-feira, agosto 10, 2007

Que horas são?

Era uma vez uma estrela sozinha, fechei a cortina e fim.
O frio de hoje veio me lembrar que sei sentir. O amparo que tenho ao olhar para o chão não.
O arrimo da cama, mais eloquente, me fez bocejar ideias contrárias do dia já no fim. O fim que não se refere a um começo, um começo que não sei sentir.
O arrimo do amparo ao bocejar sobre o fim, desprezando a cortina fechada.
A estrela sozinha sem chão, pouco eloquente mas perturbadora.
O começo de idéias contrárias de um dia que ficou frio só à noite.
O vento que toca a estrela por não perder seu tempo comigo, ficou lá no alto. O chão que continua por perto, auxilia minhas idéias perturbadoras.
Enquanto isso o tempo que não foi perdido comigo começa a me escoltar vagarosamente, segundo por segundo sem eu perceber.
E o vento que passou o dia junto a mim, caminhou por entre as árvores altas também, eu sei porque ouvi ele nelas, mas sumiu quando fechei as cortinas para a estrela. Talvez agora ele esteja caminhando com ela, talvez o chão suba e o céu me faça um pouco de companhia enquanto eu tento de alguma forma descobrir que horas são, e fim.

domingo, agosto 05, 2007

O primeiro momento da existência ou da execução, seguido do momento em que se acaba ou se conclui alguma coisa.


Preciso tomar cuidado para não dar passos em flertes, para não entreter-te desnecessariamente. Ainda não sei falar sobre amor.

Não me encaixo no perfil que criei sobre que tipo de pessoa está no espelho. Assim não sei o que posso dividir de mim, se isso por acaso for solicitado. 

quinta-feira, agosto 02, 2007



Posterior ao seus olhos postiços de lágrimas, eu me deterioro vendo por entre suas retinas intricadas um futuro, para ser sincera, imbecil. 
Crescemos juntos e você é tão singular. Seu jeito excêntrico fazia lembrar o receio que eu tinha em estar certa.

Declaro-me livre de ser sua consciência. 

 Espero que algum dia você forme ou combine idéias mais intensas, e menos desmerecedoras de suas oportunidades.