sábado, novembro 17, 2012

E poderia ser mais...

Enquanto as galáxias se deslocam para o vermelho de Hubble, enquanto a velocidade da luz em um meio a um vidro ou o ar, fica menor que c (celeritas = velocidade), enquanto um tumor desenvolve um conjunto de rede de vasos sanguíneos para se manter, enquanto as plantas utilizam dióxido de carbono e água para obter glicose através da energia da luz, enquanto a luz do sol atravessa um trecho de chuva e é refletida e refratada no interior das gotas e devolvida em várias cores ao ambiente formando um arco-íris, enquanto uma briga entre namorados resulta em uma cabeça começando a apresentar ideias obsessivas prevalentes ou delirantes sobre infidelidade, enquanto em um dia de trabalho uma professora tem um insight e entende o papel do erro segundo Piaget, enquanto alguém explica a um leigo um assunto cujo qual sabe muito e sente-se orgulhoso por ter voz ativa, enquanto pela primeira vez algum músico consegue interpretar e executar um som por via dos sistemas de escrita utilizados para representar graficamente uma peça musical, enquanto alguém boceja estimulando a circulação sanguínea e diminuindo a temperatura corporal para driblar o sono em uma conversa... Ela continua naquele sofá, iceberg que se tornou.

sexta-feira, novembro 16, 2012




O que desperta contigo toda manhã garota? Acabou-se o mistério? Cadê a música e os versos em atitude? Não vejo mais o amor incondicional exposto, a fotografia a mostra, seus desenhos grudados na parede, você no palco representando uma mentira linda, você se reconhecendo no reflexo do espelho... Você... Você... Cadê?


Entregue a terceira pessoa, continuas falando de si usando como exemplo de felicidade alguém que eras. Como se a culpa fosse da própria inspiração, por ser maior do que o comum na época, ter sumido agora. Como se mais alguma coisa além de você prendesse suas pernas entre os cobertores. Como se cada pensamento, gesto e decisão sua, não continuem cobertas por um só nome...


quinta-feira, novembro 08, 2012

Às vezes tenho medo do que eu não consiga dizer quando não estou metaforizando... Que não sou obra de ficção, que espero por respostas como todo mundo, essas coisas... Mas um amigo me disse que a destruição é uma forma de criação, então talvez eu me destrua um pouco, talvez agora eu me desconcerte para poder descrever aqui como fui juntando meus pedaços.