terça-feira, setembro 28, 2010

Respira.

Estive todos esses tempo esperando que você acontecesse. Atirando ao acaso partes minhas que você juntou durante meses. Estive esperando que tu me mostrasses além do que, de propósito, escondia... Agora existe uma palavra que não pode ser dita. Há um desvio de olhar necessário. Nesse quarto, os lugares não são mais meus. E o sangue que você arrancou corre pelo chão, olhar para ele é caminhar dentro de ti em dor.

Agradeço, por me fazer rasgar alguns calendários e por voltar sempre... Me dando certezas de cara nova. Por mais que sejam de um final que dói.

domingo, setembro 12, 2010

O que sobrou dos que partiram: nós.

Falam parecido, e também é parecido o jeito que colocam as mãos sobre a mesa, tanto que se muito perto, por um segundo o cérebro não distingue o lugar correto para mandar a ordem de movimento, então os dois acabam tocando seus próprios rostos.

Mesmo assim ele reclama por saber que serão sempre os mesmos. E mesmo assim toda a escuridão do mundo dói nela.

terça-feira, setembro 07, 2010

Hoje eu tenho muito a dizer...

...e é exatamente por isso que calo-me. Mastigo as palavras enquanto tu desembaraças os nós que criei para essa finalidade. Uma a uma, elas descem pela garganta como se eu estivesse nutrindo-me de toda essa loucura.
Diante de ti, há um esforço tremendo para ficar sóbria dessa raiva que anda comigo cada vez que sem ti, penso que só consigo conter-me quando te ouço.
Não mais direi o que queria dizer-te antes que indo embora eu fale, meio sem jeito, que tu já sabias.