O que me tranqüiliza é ver com precisão absoluta onde acabo me repartindo. Quando vejo minha boca falar o que não vai ser escutado enquanto penso no que deveria mesmo ser dito, eu tenho a certeza disso.
Sei que com os ouvidos não deixo passar nenhuma frase sem cada palavra ter significado concreto, por isso não entendo por qual motivo minha boca cessa e se cala diante de verdades irrevogáveis.
Preciso é de mais atenção dos olhos que se escondem, fazem de conta que estão abertos, mas são tão vagos quanto a voz que saí da boca mentirosa.
É um desvio de olhar, uma frase que já começa trêmula e incoerente, dentro de uma mente que sabe o que precisa dizer, mas diz o que deve.
2 comentários:
gostei muito da foto, do texto, de tudo mesmo =*
odeio muito tudo isso.
Postar um comentário