terça-feira, abril 28, 2009

Escrito em algum dia de outubro.

Você, que insiste em manter segredo sobre coisas sórdidas e acaba se escondendo dentro do que mais lhe torna especial para alguém... É a mesma pessoa, que sente tanto medo de perder que acaba matando aos poucos os rastros de fora para dentro. Acaba desligando o telefone porque a pretensão que ele toque vai te fazer mal. Pagando agora o preço por se manter inerte quando precisaram do teu movimento.
Você, teve que modificar tudo, e não foi difícil. Eu pelo quarto, sombras na parede, os cds que têm que ser trocados toda hora ou o silêncio do vazio que havia entre nosso toque seria evidente demais... Tudo completamente destrutível, - para ver que não sou um mal irremediável -.
Mais tarde com certeza vão te dizer que era um caso sério de amor não correspondido, e só isso. Passarão a não ligar para sua aspereza e indiferença vista a olho nú por questões emocionais. Perguntarão por diversas vezes, se já te desfizesse das minhas partes sólidas em tua vida, e aí então te dirão que todo o resto passa, e é isso, acaba-se nisso. É o fim que de começo esperavas, é a mentira que nos contamos sendo dissipada na parede agora, aquela parede que fiz questão de pintar de novo, para que nada do que tivemos, escape e me toque novamente.

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