quarta-feira, abril 15, 2009

Em nenhum outro lugar.

Eu sei que o vento fininho vai desintegrando o que sobra do meu existir, e de mim, lembras cada vez menos. Ah se soubesses o tamanho da tormenta que acontece mesmo em dias calmos, que faz tudo ao meu redor flutuar até bater rápido contra meu corpo, se eu pudesse te contar meus anseios sem que pareçam tão pequenos... Não, existem mais coisas nos intervalos de letras batidas do que o que acaba sendo escrito, coisas pequenas que cabem na palma da sua mão, é só olhar mais de perto.
Eu vou te dar a mão, sem intenção de repentinamente largar, esperando uma resposta dos teus olhos. Demora para saber assim o que alguém precisa, e como se desculpar do modo certo, por isso é uma pena que marcas passadas fiquem tão nítidas em mim agora. E não adianta correr, existem correntes que duram kilômetros. Essas que se você olha para trás e ficam mais resistentes, e se tentas quebrar o sangue e a dor só te fazem lembrar que vives com isso em suas costas, e pesa.
Mesmo vendo em você minhas novas ações, a calmaria, uma estrada mais curta... Ainda não escapo de ser puxada pras velhas escolhas, pela corrente que marcou o corpo e segue ele. Essas são minhas estúpidas defesas contra quem não é inimigo. E ver que não acreditas, continua sendo minha parte de vidro...

3 comentários:

Mari. disse...

eu entendo.

cláudia i, vetter disse...

''uma corrente longa o bastante pra lhe proporcionar liberdade''
(kafka)

que se faça entender.

;*****

Ana disse...

Adoro teus textos ... gosto do que leio e escrevo um pouco ... acho que vc vai gostar desse meu amigo
beijos
www.emersoncultura.blogspot.com