Talvez eu já tenha te visto mesmo, num desses sonhos em que a realidade é uma coisa pouca quando se acorda. Pode ser que eu já tenha te sentido mesmo, na brisa leve que acalma meu corpo no vai e vem rotineiro dos dias, em alguma gentileza de um estranho, ou em um abraço carregado de saudade...
A cada encontro com teus olhos, cego-me mais para outros olhares. E fico diariamente sem palavras para descrever o quanto eu já quis saber o que era emudecer-se diante de uma voz.
E ao mesmo tempo é só isso: Eu te esperando enquanto tua vida segue as coisas que achas que devem ser contempladas.
E assim é que a letra foge dos meus dedos e minha voz some da boca. Enquanto o amor toma conta desse corpo cansado, fecho os olhos dando boa noite aos meus rabiscos, cartas e xícaras de café, esperando que amanhã, quem sabe, eu encontre a chave que destranque esses pensamentos de mim.
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