Nenhum telefone toca, nenhuma mão se estende, nenhuma frase para ser lida, nenhuma voz que vai chegar, o silêncio do quarto a faz cair na real, cair no chão.
Ela se contorce em dor chutando as paredes, derrubando o espelho, rasgando livros, encontrando em si uma resistência incrível para a dor física quando um a um, os cacos vão rasgando sua pele a fim de mostra-lá que está viva.
Grita com a boca que treme, o eco de mil pessoas afogando-se em solidão. Conta seus mais secretos segredos como se fossem tão pequenos, mas não consegue soltar a voz e dizer o nome dela... Tenta escrever. Sente raiva do papel, parece que ele sabe que é impossível e ri como todos riem. Ninguém se importa com mais uma cena comum de drama mudo.
Mais um amor perdido e ninguém se importa. Ninguém liga para a alma das pessoas que vão, pouco a pouco, não conseguindo quebrar o silêncio que o eco de um nome deixa em um quarto. E assim todos morrem.. Perdidos em tentar desgravar o nome de tudo o que vêem.
5 comentários:
Toda noite, tudo mundo, ninguém liga mesmo.
ainda esta?
e eu que pensava que nada te deteria por aqui.
pelo menos diga o nome corretamente.
até gastar o efeito que agora te mantém cega. diga e deixe doer.
uma hora pára. dessa vez, de verdade.
Anônimo, por favor não comente mais aqui. Não me conheces, e nada do que dizes faz sentido. Grata.
eu me retiro.
mas anônimos são muitos.
É indiferente pra mim o que escreves, como o que qualquer anônimo escreva.
Postar um comentário