Poderia falar agora, sobre as ondas que vem e vão de socos contra o meu próprio queixo. Fazer uma descrição exata da corda bamba em que ando, tropeçando aos poucos nos nós que preparei antes de erguê-la... Mas prefiro explicar logo esse meu estado meio amargo por outros meios que não te confundam.
Lembro de chegar em casa e ver a cama desfeita ainda com a marca do teu corpo, e o cheiro que ficou por dias não me deixava cair na realidade. Essa mesma doce agonia, me fez em vários instantes ficar com medo de olhar no espelho ou tirar uma foto e ter um fundo vazio de você.
Sentindo-me instável demais para olhar por cima dos fatos e calcular soluções, caí em cima delas e afundei-me em mil caminhos. Talvez hoje com isso tudo, eu venha a esquecer dessa coisa doida de como fazes falta, enquanto estás aqui.
Fico a espreitar-te na janela também, olhando o céu, imaginando que a árvore no centro da janela deveria ter teu nome, tanto que te vejo lá. Talvez logo me apaixone por ela.
Um comentário:
Gostei do teu jeito de escrever, me identifiquei de coração
(*=
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