- Levanta o vidro fumê que assim eu consigo ver meu rosto no retrovisor, e ele não me deixa duvidas das marcas dela em mim...
 - - Vamos tirar todos os papéis importantes do porta-luvas e jogar na primeira lixeira que virmos.
 - - Mudando a direção involuntariamente, entrando em ruas que dão em ruas, e jogando fora tudo o que é palpável e ruim.
 - Não paro de tossir, e você acha engraçado o modo como meu cabelo mexe quando espirro. Não paras de rir, e acho lindo o fato das tuas mãos suarem quando teu nervosismo não se sustenta mais sozinho....
 - O muro de repente parece uma escolha silenciosa e mútua. (Nos embriagamos na certeza de estarmos pensando a mesma coisa).
 - - Não poderia ser assim, eu escreveria antes.
 - - E de que adiantaria isso aos outros? De que adiantasses até hoje?
 - Recitas para mim estrofes de poemas que nunca lesses. (Tentas me manter a flor da pele, para que a excitação da velocidade do carro não suma junto com os meus olhos distantes de tudo).
 - Rindo de certezas doloridas sobre mim, e ironizando teu passado sério, não nos cansamos de montar e remontar nossas vidas em voz alta.
 - - Lembrarás da voz dela e os caminhos na tua cabeça sempre te levarão para essa mesma sensação.
 - - O que se faz nos dois últimos minutos em que se vive? (...)
 - Estacionas.
 - - (...) É. Pensa-se nas consequências.
 
quarta-feira, maio 20, 2009
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