quarta-feira, fevereiro 25, 2009

Deslocamente para o vermelho de Hubble.

Preciso engolir uma dose ou outra de você, rodando e distribuindo sorrisos. Porque o disfarce do livro aberto já não convence mais ninguém quando meus olhos voam longe te buscando entre os vãos de calçada, atrás de portas que não fecham, dentro de papéis de chocolate...
Cubro-me de folhas secas esperando um vento mais forte me mover, ou me tornar visível em outro contexto, com elas se espalhando e me deixando nua. Podendo ler-me, escreveria sobre soluções para nós...
Se durmo a mão que aperta o travesseiro listrado se enche de nostalgia misturada com a raiva do espaço vazio, do toque sozinho... E logo após, se torna inevitável a hiperatividade que acontece com o controle remoto, procurando entre um botão e outro uma resposta cabível a essa vontade enclausurada do teu pescoço.
O telescópio novo posto cuidadosamente na janela, mostra com todas as estrelas a revolta de bloqueios de concreto, curvas e afazeres. Me possibilitando de ver por pouco tempo (até minhas retinas fatigadas de tanto te pedir ao vazio, se encherem de água com sal), uma imagem ou outra daqui que acontece ao mesmo tempo em teus olhos, enquanto você acontece de longe, e ao mesmo tempo em mim...

2 comentários:

Érica disse...

... maravilhoso...
estou transbordando com seus textos!

Anônimo disse...

quero que você fique sabendo...
faz de conta que não sabe...

(www.moscasnacasa.blogger.com.br)