Ando cometendo suicido de muitas vontades não juntando as letras, não formando palavras e assim não constituindo a frase tão esperada. Posso parecer inerte a todos os fatos, mas quem sabe eu esteja bem acordada.
Poderia facilmente dizer mil parábolas, estrofes, jargões, refrões, contos, haicais, mas seria inútil descrever em palavras a intensidade, o peso, a profundidade do que se reflete em meus olhos quando me deparo com as possibilidades. Essas possibilidades me deixam cada vez mais perdida nas minhas certezas. Assim sigo ações milimetricamente programadas e simultaneamente perdidas no dia-a-dia caótico que vem na frente, trilhando a chegada que não existe.
Talvez você fale sobre falta de apreço e eu responda algo descortês, sem medir o grau dessa impressão desagradável que certamente irá assolar o seu pensamento. Não me deixe fazer isso.
Pois basta saber que surgirão as lágrimas mais lamuriantes quando finalmente eu perceber que amanhã não é outro dia, mas é só mais um dia, e não espero o entendimento de ninguém quanto a isso.