Essa garota me pede para que eu pare explicar sobre a brisa que passou e a sopre dentro de suas mãos, me deixando sem fôlego para tal coisa. Cobre meu rosto com seus cabelos e jura que além dela, ninguém no mundo me vê. Escreve o seu lugar no meu corpo com suspiros, circula pela minha vida deixando livres os caminhos pro que eu quiser lhe falar.
Essa verdade só nossa, escolta meus passos riscando um sorriso na minha boca mesmo quando não posso toca-la.
As palavras mais bem escritas não a surpreendem, não a intimidam... E isso me fez esquecer das antigas frases feitas, assim tremo novamente.
Segurando minha mão, sem uma palavra ela se apresenta. Encostando seu rosto no meu ombro ela me dá todas as certezas. E assim dialogamos...
- Já percebeu quantos "eu quis" , "eu ia" , "eu pensei", você já me disse? Melhor nem falar nada...
E me calo diante de tanta espera por versos em atitude.
Garota, sem as palavras, sou só eu...