segunda-feira, fevereiro 25, 2008

É para não acreditar, acreditando estar certo porque mais te convém.

São cacos, fragmentos de conversas sólidas derretendo com a chegada da noite.
São frios, amigos que trazem consigo a luz que esquenta os pés quando a ressaca é moral.
São negras, as vestes que vestes tentando dizer algo claro que compence sua falta de vocabulário.
São fracos, os sons das vozes que de tanto rodiar meus medos acabam se perdendo por entre minhas esperanças.
São brilhantes, os óculos que me obrigaram a usar protejendo as idéias vermelhas e embassadas que são parte de mim.
São vazios, os tubos de ensaio cheios de memórias novas que me deram, mantendo esquecido o meu vácuo insano.
São dolorosas, as palavras que me acariciam cuidadosamente, com a verdade sincera acabando comigo.
São de ferro, as passagens de dor para calmaria, de vício para ilusão, de noite para dia.
São de fumaça, os sonhos concretos que acabam sendo reciclados a cada estação.
São de verdade, as mentiras que já contei com os olhos quando eles revelaram mais do que eu deixaria.

domingo, fevereiro 10, 2008

Como eu te amo...! (Como eu te amo?)

Talvez seja mesmo impossível acabar com essa condição humana de ser sempre compelida a encontrar alvos fáceis para prejudicar, tentando preencher tudo aquilo que já é vazio à tanto tempo por dentro... Esse vazio andou comigo sempre tão intenso, que agora a falta dele me faz sentir as batidas do meu coração quando fecho os olhos.
Eu preciso dizer o quanto finalmente estou vivendo, vivendo! Engraçado que além da superfície sempre moldável do meu corpo, o que havia por dentro foi tratado com tanto apreço que definitivamente nunca será igual.
Mesmo que todos esses bons ares retornem ao seu lugar de partida e o vazio volte, a cicatriz de já ter sido tão feliz vai afugentar qualquer chance de não querer sorrir. Acho que poucas pessoas sentem isso, essa neurose toda por estar tão feliz e não saber o que fazer com todos esses sentimentos novos.
Te amo assim, mudando por sua causa. Te amo abraçando você como se fosse o que preencheu o vazio que me fazia tão mal. Te amo prepotente, no meu mundo de palavras decoradas, perdendo todas elas quando te vejo vindo em minha direção. Te amo transformando você em noite só para ver o meu dia clarear em seus braços. Te amo com as cores voltando a fazer algum sentido . Te amo como acho que se deve amar, tão puro e sincero como acho que seve ser o amor.