Então se perguntou se isso não a lembrava nada, esse silêncio de solidão num quarto desarrumado... Respondeu como faz normalmente às suas vozes internas, fechando os olhos antes que caísse na tentação de refletir sobre o que vê e entender que existem coisas que são normais só pra ela.
Fez de conta que não entendeu o que significavam aquelas palavras pelo chão e logo viraram só os livros que esqueceu de guardar. Arrumou a cama tapando os ouvidos para não escutar o perdão dos lençóis...
Essas coisas que ela faz normalmente sem soltar os seus gritos internos, levaram-na para longe de escapar do mundo que criou:
"O mundo constrói todos os dias uma estrada onde o caminho é muito curto para se chegar a qualquer lugar, onde não existem curvas nem dúvidas e eu ficaria sempre perto do que quero deixar para trás."
Assim essa garota, sem saber estar inválida, acaba a oração encostando a cabeça sobre sua vida, vendo ela passar...
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