terça-feira, dezembro 15, 2009

Caixa de saída - 11/03/2009 : 02:43 Horas.

A luz da TV ilumina o quarto escuro e vejo teu rosto desenhado na minha pele. Começo a te escrever sem pretensões dessas palavras serem libertadas do listrado do caderno chegando até você. Escrevo porque assim acredito na insanidade temporária de estar conversando contigo. Porque tua falta dói. E lembrando da gente aqui, o tempo não existe, é como viver em uma fotografia bonita. Acabo arriscando um sorriso sem jeito, pronto para um beijo teu... Mas a noite parece uma cena congelada. E sufoca as cordas vocais quando tento chamar pelo teu nome...
No primeiro suspiro da manhã sinto o ar entrando áspero, procurando lugar entre a saudade que à noite se espalhou pelos pulmões e o resto todo. Já meus olhos, hora inquietos tentando achar um lugar onde consigam sustentar o corpo inerte a outra emoção (procurando distrações por todos os lados), hora fixos no espelho (procurando por você dentro deles mesmos), já não sabem como agir... e só transbordam.
O cérebro logo enlouquece também, e antes de escrever isso, especula planos para nós. Calcula distâncias, procura pseudo-soluções que resolvam tudo em meia hora. Mente para si mesmo e força o rosto a um sorriso conformado e mentiroso.
É nessa imensidão de coisas acontecendo ao mesmo tempo que a boca grita, e o silêncio após, faz por um minuto tudo ser ainda mais cruel.
Depois, o celular toca e os olhos fatigados te lêem dizendo que também sentes minha falta. Assim, começando pela cabeça e descendo, o corpo vai se tornando tranquilo e se joga na cama feliz e agradecido por te ter, tendo exatamente a mesma saudade... Quase não acreditando nisso...

Um comentário:

Joanna disse...

Oi... faz um tempo que te leio.
Te achei quase que não por acaso e desde então te sigo.
Adoro o que leio aqui. Quase não acredito no que leio aqui. De tão bem que me sinto quando venho por aqui te ler.
Parabéns, menina desconhecida das palavras doces e bonitas.

=]