terça-feira, julho 17, 2007

Respondendo sua pergunta.

Era como se fosse a primeira vez em que as duas se veriam. Como se não houvessem mais de dois anos por trás dos sorrisos e abraços sinceros. Decidiram que seria assim, iriam deixar de lado os dias difíceis e pausar as confusões.

Quando ela a viu vindo em sua direção, foi como se as pessoas ao redor estivessem em outro plano, e podia apostar tudo na certeza de que o sol se abriria em qualquer quarto escuro que ela entrasse. Se perguntava como pode ficar tanto tempo sem essa sensação de estar em um filme romântico brega.

Agora que recomeçaram o que nunca havia terminado, elas não vão mais pensar nos outros. Agora as palavras mantidas a sete chaves fluem espontaneamente, fazendo crescer ainda mais a alegria de estarem finalmente falando sem pudor.

E se mesmo todo o mau do mundo continuar não dando trégua, as duas irão lutar. 

Era noite de segunda, e como de costume chovia por onde elas passavam. Não há mais segredos, nem constrangimentos, nem motivos para tristeza. Elas estão livres agora, e pelo que sei não as veremos por tempos, porque precisam do tempo que agora pode demorar. Foi o que disseram quando já muito atrasadas renunciaram ao sofrimento sem razão.

3 comentários:

R., R., Rosa disse...

AAAAAAH, esse me tira as palavras e me sufoca em sorrisos e suspiros.

:*.. lindíssimo

Cláudia I, Vetter disse...

Putz...teu talento literário se sobrepuja à uma auto-análise e pensamentos quebradissos do que já está formulado, se sabendo inconstante...
É um pouco maluco e muito bom; e mais do que sempre: lindo.

;*******

Anônimo disse...

faço minhas as palavras do ruan